

Esse projeto inciou com o desencadeamento ações de comunicação social que foram executadas em consonância com o projeto da professora Inara Fernandes sobre a Extinção dos Palmares em Santa Vitória do Palmar. A logomarca do trabalho foi desenvolvida pelo publicitário André Azambuja. Atualmente o blog tem a função de divulgar todas as ações relativas às palmeiras de Santa Vitória do Palmar
A comunicão faz parte do nosso cotidiano, nas relações familiares, entre amigos, no trabalho. Afinal, ninguém pode adivinhar o que se passa conosco, se não expormos isso de alguma forma. O mesmo acontece com o nosso meio ambiente e especificamente a questão relacionada a drástica redução das palmeiras. Se não expressarmos a situação em que elas se encontram, esse fato pode passar despercebido e quando nos dermos por conta, as palmeiras não existirão mais.
Com isso, queremos chamar a atenção para esse problema, através da reflexão e organização da comunidade para mudarmos o panorama atual , por meio de um conjunto de idéas e atitudes que possam levar ao plantio, políticas públicas e intensificação das atividades que visam a preservação.
O projeto "O Grito das Palmeiras" abrange várias ações na área de comunicação com o intuito de levar à população o máximo de informações sobre o tema, apontando soluções, sugestões e despertando o sentimento de cuidar desse importante ícone de Santa Vitória do Palmar.
As palmeiras fazem parte do contexto de Santa Vitória do Palmar , desde a sua fundação. Em 24 de dezembro de 1888, Santa Vitória passou a ser chamada de Santa Vitória do Palmar devido a esposa de seu fundador, Manuel Corrêa Mirapalhete chamar-se Vitória e ser grande devota da Santa Vitória. o nome Palmar é também devido a grande quantidade de palmeiras na região, provavelmente semeadas por aves migratórias, que se abrigavam nos banhados junto à Lagoa Mirim. Ainda se encontram alguns palmares, mas foram na maioria devastados pelas plantações de arroz, que intensificou-se na região a partir da década de 1960, com mecanização intensiva. A área em território uruguaio, contínua à Lagoa Mirim ainda apresenta palmares bem preservados. Os famosos centenários currais de palmas, onde o gado era colocado dentro de num círculo de palmeiras, ainda são visíveis em propriedades da região e se constituem testemunhos de uma riqueza histórica . As palmeiras do butiá fazem parte do patrimônio cultural e da identidade dos santa-vitorienses, através da literatura, música, poesia, pintura, teatro e diversas manifestações artísticas.
O ecossistema dos palmares se constitui numa alta biodiversidade associada a uma importante população de flora e fauna, constituindo algumas espécies raras e em extinção que vivem em associadas a palma de butiá. O palmar, através dos tempos, foi de grande importância cultural e econômica. Atualmente a cultura produtiva do palmar se dá especialmente na produção artesanal de diversos produtos a partir de seu fruto: o Butiá. Licor, sorvete, doces, geléias são alguns exemplos de produtos derivados dessa fruta. Já a folha da palma é utilizada para confecção de adornos, bolsas, utensílios, entre outros. Nesse sentido o Palmar do Butiá significa um recurso sócio-econômico importante para a população santa-vitoriense com a comprovação de estudos que demonstram a utilidade econômica atual desse ecossistema e a demonstração pela a prefeitura de Santa Vitória na realização da Febutiá, mostra de produtos derivados da palmeira do butiá.